quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Uhuuuu! Eu tenho moedas!


Fala meu povo!

To aqui de novo pra falar de questões do dia a dia e que impactaram a minha vida.

Estava eu no ponto de ônibus a espera do Rex (sim esse é o nome de um busão em Curitiba), e logo a frente na fila, havia uma mulher com seu filho. O guri devia ter uns 4 anos.
(Preciso confessar que prestei atenção na conversa deles...Abapha!)

Empolgado, ele vira pra mãe e diz: “Mãe, você me dá essas moedas?”. A mãe da uma desbaratinada e não responde. Ele insiste: “Mamãe, deixa eu ficar com as moedas?”. Ela olha pra ele, sorri e responde: “Agora não. Essas são para a passagem do ônibus. Em casa te entrego algumas moedas.”. Não cabendo em si, ele sorri e pula algumas vezes gritando: “uhuuuuu! Eu vou ganhar moeeeedas!”. Eu ri.

Depois disso algumas perguntas me incomodaram: Quando mesmo deixamos de valorizar as pequenas coisas? Quando deixamos de comemorar que alguém confiou algo a nós?
Porque eu não sei vocês, mas eu sempre vejo pessoas rejeitando moedas. Algumas chegam a dizer que moeda não é dinheiro, mas cara... moeda é dinheiro sim.

Isso não é um post sobre economia ou educação financeira. Calma, não fuja! Rsrss...

Fazendo um paralelo com o serviço no ministério, observe alguém que a pouco descobriu que Jesus o ama e morreu para que fossemos salvos. Se você chegar para essa pessoa e disser a ela que ela pode ajudar arrumando as cadeiras da igreja, tenho certeza que ela fará isso sorrindo.
Ao passo que não é raro ver crentes com anos de igreja, doutos na palavra, dotados de grandes habilidades... se recusarem a assumir atividades que demandem tempo ou mesmo que não estejam em evidência.
A bíblia é clara quando diz que aquele que for fiel no pouco, sobre o muito será colocado, mas isso não significa que depois de ter alcançado esse lugar, não terá que fazer coisas simples ou estar nos bastidores.
A sociedade em que vivemos nos treinou para querer provar para todos, e o tempo todo, que estamos capacitados, que chegamos mais longe. Fomos forjados num ambiente que valoriza essencialmente quem tem muitas responsabilidades ou está em destaque.
Isso faz com que muitas vezes tentemos receber o reconhecimento dos homens, na igreja também.

Minha oração é que nosso único interesse seja agradar o coração de Deus e entender dEle o que deve ser feito. Andando em obediência a Sua palavra. Servindo em amor e buscando exclusivamente o reconhecimento dEle. Dessa forma, homens e mulheres verdadeiramente cristãos conseguirão enxergar em nós a essência do evangelho e por vezes confiarão tarefas maiores.

Penso que deixamos de valorizar as pequenas coisas, quando passamos a acreditar que a capacidade pra fazer e ser está em nós e não Naquele que nos chamou. É preciso lembrar dos primeiros dias em que desfrutamos desse amor. Dias em que tínhamos absoluta convicção de que não éramos merecedores. Dias em que o simples fato dele se importar, já era o suficiente para pularmos de alegria como aquele guri (aquele lá do começo do post). Dias em que tínhamos certeza de que qualquer tarefa no Reino era absolutamente relevante, pois Ele havia nos confiado.

“Procure ter perto de você pessoas que conheceram a Cristo recentemente de forma que você tenha sempre viva a lembrança do primeiro amor e do cuidado com as pequenas coisas. Mas tenha também por perto, pessoas que conhecem e vivem com Cristo a mais tempo que você de forma que você perceba que ainda há um caminho longo a percorrer”. (Pr. Francisco - Comunidade Alcance de Curitiba).

Uma palavra muito massa sobre essa questão de viver o que Deus tem reservado e não buscar o reconhecimento dos homens, é essa aqui (http://www.orvalho.com/casa-de-zadoque-2013-luciano-subira/)