segunda-feira, 17 de junho de 2013

Trocaram o piso, e agora?





Tirando a poeira...bora escrever um pouco.. =)
 
Não sou dessas que tenta espiritualizar todas as coisas, mas sou dessas que procura estar atenta ao falar do Espírito Santo e tira lições importantes de situações simples da vida.
Tenho aprendido a cada dia a tirar Deus da caixinha (que só existe em nossas mentes) e deixar que a criatividade dEle seja evidente em cada instante da minha vida.

Durante muitos anos minha casa teve carpet no chão e isso além de deixar o ambiente mais acolhedor, fazia com que a minha cachorrinha (Nina) corresse e fizesse tudo o que desse na “telha” com a maior tranquilidade e estabilidade. Recentemente fizemos uma pequena reforma (graças a Deus! \o/) que incluiu a troca dos carpets por piso de cerâmica. A casa ficou linda, mais fácil de limpar e nós tivemos que adquirir pantufas..rs
Quando a Nina entrou pela primeira vez na casa após a conclusão da reforma, presenciamos uma cena interessante. Ela veio com a mesma empolgação de antes, confiando que teria a mesma tranquilidade para correr, etc. No entanto, pra surpresa dela (e nossa também, afinal não imaginávamos o que aconteceria) esse novo chão era escorregadio, e a simples tarefa de ficar em pé para dar aqueles abraços que dogs de médio e grande porte costumam dar em seus donos (e que eu amo!), passou a ser impossível. Na primeira oportunidade que ela teve de conseguir chegar até o sofá, o fez e de lá não saia por nada. Percebemos o medo dela e insistíamos para que ela descesse e brincasse conosco no novo piso, mas a insegurança dela falava mais alto. Ela não tinha mais o controle.
Precisamos pegá-la no colo, mostrar aos poucos que não precisava ter medo, precisava apenas reaprender a andar.
Hoje ela já brinca tranquila e por vezes ainda sai correndo pra bater em minhas pernas como se fosse aqueles “piques” do esconde-esconde e quem chega primeiro e bate está a salvo, mas acaba escorregando. Isso não a impede de vir até mim andando e balançando aquele rabinho feliz, pois ela já sabe como agir e não perdeu o foco, o meu colo.

O que quero dizer com isso?

Muitas vezes andamos acostumados com o lugar onde estamos, com as coisas com as quais vivemos e mergulhados na nossa rotina. Não que isso seja de todo ruim, mas se tudo fosse sempre tranquilo perderíamos grandes ensinos que a capacidade de adaptação nos proporciona.
Com frequência oramos pedindo que Deus transforme nossas vidas, nos molde, etc, mas muitas vezes não consideramos que isso pode implicar em situações que tirem nossa estabilidade.
Particularmente gosto de ter as coisas sob controle e confiar o controle de tudo a Deus é sempre desafiador pra mim. Mas amo esse Deus que insiste em trabalhar em todas as áreas da minha vida até que eu esteja pronta pra viver a eternidade ao Seu lado.
Então, o que acontece quando somos desafiados e levados pra situações em que parece que o chão some debaixo dos nossos pés? Assim como no caso da Nina, a nossa primeira reação tende a ser de medo e a atitude mais comum é a fuga para um lugar onde possamos retomar o controle.
As circunstâncias nos farão lembrar que é preciso uma posição. Que ao fugir estamos abrindo mão de coisas que são preciosas pra nós, que no paralelo da história com a Nina significava não poder brincar livremente com seus donos, mas que pra nós podem ser o convívio com nossa família, a realização de um sonho e o que mais você quiser colocar aqui.
Se confiamos nossas vidas a Deus e pedimos que Ele faça TUDO a sua maneira, se olharmos bem encontraremos um Deus dizendo “pode vir, é seguro e estou aqui pra te provar isso”.
Caberá a nós abrir mão do medo pra desfrutar de novas experiências e da nova vida proposta por Ele. Alguns escorregões farão parte desse trajeto, afinal precisaremos reaprender a andar, mas Ele está ao nosso lado e isso significa que nossa real segurança nunca foi alterada. É o mesmo ontem, hoje e será eternamente. (Hebreus 13:8).